Há 39 anos Paralamas do Sucesso lançavam o seu terceiro álbum de estúdio, o clássico “Selvagem?”, pela gravadora EMI, com produção de Liminha.
Selvagem? está na lista dos 100 melhores discos da música brasileira, feita pela revista Rolling Stone ocupando o Nº 39º.
A capa do disco, criada por Ricardo Leite, mostra o irmão do baixista Bi Ribeiro, Pedro Ribeiro, em um acampamento numa área de cerrado em Brasília, onde hoje há um condomínio residencial.
Antes mesmo de qualquer faixa ser composta, a banda já havia decidido que aquela seria a capa do álbum, e o nome do personagem de Pedro seria o título, ainda que a gravadora tenha ficado inicialmente relutante.
Segundo Bi Ribeiro, o objetivo era “desafiar, provocar, mostrar independência, que a gente podia fazer o que a gente queria”.
Sobre uma das canções do álbum, a clássica Alagados, ela faz um relato da dura realidade da vida nas favelas brasileiras, mais especificamente nas cariocas (como presenciado no verso “a cidade que tem braços abertos num cartão-postal”), durante o período da intensa crise socioeconômica que atingiu o país durante a década de 1980.
Selvagem – Cada vez mais próximos do reggae e suas vertentes, em “Selvagem?” Herbert, Bi e Barone passeiam pelas levadas jamaicanas de uma maneira bastante pessoal e, junto com Liminha, nadam de braçada nesse mar caribenho, com guitarras marcantes, suingues malemolentes e efeitos que marcam todo o álbum, com ênfase nas faixas “O Homem” e no ska “Teerã”. Esta ainda ganhou uma versão em Dub, assim como “Marujo Dub” foi uma alternativa estética para o “Melô do Marinheiro”. Completando o disco, o rock oitentista com letra em inglês “There’s a Party” acena para um flerte de carreira internacional. Após este lançamento, a banda fez sua primeira apresentação no Festival de Montreux, na Suíça, em 1987.
Selvagem – Faixas
1. Alagados
2. Teerã
3. A Novidade
4. Melô do Marinheiro (letra por João Barone)
5. Marujo Dub (instrumental)
6.Selvagem –
7. A Dama e o Vagabundo
8. There’s a Party
9. O Homem
10. Você (versão cover de Tim Maia)
11. Teerã Dub (instrumental, faixa bônus na versão em CD)
‘O poeta está vivo’: – Exposição inédita celebra Cazuza com mais de 700 itens e muita emoção Mostra no Rio de Janeiro reúne manuscritos, roupas, fotos e objetos pessoais do cantor.
A Mãe de Cazuza, Lucinha Araújo, visita a exposição pela primeira vez e se emociona: ‘Ele está vivo nos corações dos brasileiros’.
Lucinha visitou a mostra pela primeira vez acompanhada da equipe do programa. “Ele era uma criança muito quieta, escrevia muito, lia muito”, lembra. “Antes eu dizia: ‘Vai brincar na rua’. Depois, pedia: ‘Volta pra casa, menino!’”
Cazuza, um dos maiores ícones da música brasileira, está sendo celebrado em uma exposição inédita no Rio de Janeiro, intitulada “‘O poeta está vivo'”. A mostra, que reúne mais de 700 itens, oferece um mergulho profundo na vida e obra do cantor, prometendo muita emoção aos visitantes.
Entre os mais de 700 itens em exibição, destacam-se manuscritos originais de suas letras, figurinos icônicos que marcaram sua presença de palco, fotografias raras e objetos pessoais que revelam um pouco da intimidade do artista. A curadoria da exposição busca traçar um panorama completo da trajetória de Cazuza, desde seus primeiros passos na música até se consolidar como um dos maiores poetas e compositores do país.
A emoção tomou conta da visita de Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, que viu a exposição pela primeira vez. Visivelmente emocionada, Lucinha declarou: “Ele está vivo nos corações dos brasileiros”, reforçando o legado imortal do filho na cultura nacional. A presença de Lucinha na exposição ressalta a importância do evento não apenas para os fãs, mas também para aqueles que conviveram de perto com Cazuza.
A exposição “‘O poeta está vivo'” é uma oportunidade ímpar para os admiradores de Cazuza e para as novas gerações conhecerem a fundo a genialidade e a relevância de um artista que, mesmo após sua partida, continua a ecoar na memória e na sensibilidade do público brasileiro.
Nöthin’ But a Good Time: Livro conta a história completa e sem censura do Hard Rock dos anos 1980
Livro tem prefácio do vocalista do Slipknot, Corey Taylor, e mais de 200 entrevistas inéditas com membros do Van Halen, Mötley Crüe, Poison, Guns N’ Roses, Skid Row, Bon Jovi, Ratt, Twisted Sister, Winger, Warrant, Cinderela, Quiet Riot, Stryper, além de Ozzy Osbourne, Lita Ford entre muitos outros.
Recém lançado no mercado brasileiro pela editora Estética Torta, o livro Nöthin’ But a Good Time apresenta a história definitiva e sem censuras sobre o polêmico hard rock e hair metal dos anos 1980, contada pelos músicos e especialistas da indústria que viveram de perto aquela cena.
O hard rock na década de 1980 foi uma fonte hedonística e muitas vezes intensamente criativa de escapismo que encapsulou perfeitamente – e talvez até ajudou a definir – uma década espetacularmente exagerada. De fato, sucessos de tirar o fôlego como “We’re Not Gonna Take It” do Twisted Sister, “Girls, Girls, Girls” do Mötley Crüe e “Welcome to the Jungle” do Guns N’ Roses estão tão intimamente ligados à essa década quanto Pac-Man e o filme ET: O Extraterrestre.
Dos primeiros dias do movimento, passando pelos anos de glória, com hinos que sacudiam estádios e baladas no topo das paradas, até o súbito fim do movimento, com o surgimento do grunge, este livro de Tom Beaujour e Richard Bienstock captura a energia e o excesso dos anos do hair metal nas palavras de músicos, empresários, produtores, técnicos de som, executivos de gravadoras, publicitários, estilistas, figurinistas, fotógrafos, jornalistas, editores de revistas, diretores de videoclipes, donos de bares, roadies, groupies e parasitas que viviam desse universo.