O vocabulário está ligado às artes plásticas, por isso, palavras como “traços”, “sombra” são alternadas com reflexões do eu-lírico sobre o objeto amado.
Em seguida, mais palavras relacionadas à pintura, como “carvão”, “pontos de fuga” 50, “tela”, “paleta”, “cavalete” são novamente interrompidas pelos pensamentos do eu-lírico.
A proposta da letra é bastante criativa.
Traz a pintura para o mundo das palavras num mundo sem cor e esperança.
São duas manifestações artísticas distintas que aqui se unem, formando uma declaração de amor das mais originais. O ouvinte/leitor é capaz de criar a imagem das situações vividas e idealizadas através das palavras: “De você fiz o desenho mais perfeito que se fez: / Os traços copiei do que não aconteceu. / As cores que escolhi, entre as tintas que inventei, “. É a descrição do processo de idealização do objeto amado
Acrilic On Canvas – Uma tela imaginária em acrílico, (acrilic on canvas = acrílico sobre tela), feita com o material de enxoval e inspirada em uma família com 1 filho, em um desabafo com aquilo que nunca aconteceu.
Preparei a minha tela com pedaços de lençóis que não chegamos a sujar.
A armação fiz com madeira da janela do seu quarto. Do portão da sua casa fiz paleta e cavalete. E com as lágrimas que não brincaram com você destilei óleo de linhaça.
E da sua cama arranquei pedaços, que talhei em estiletes de tamanhos diferentes. E fiz, então, pincéis com seus cabelos.
Fiz carvão do batom que roubei de você e com ele marquei dois pontos de fuga, e rabisquei meu horizonte.
E era sempre “não foi por mal. Eu juro que não foi por mal.
Eu não queria machucar você. Prometo que isso nunca vai acontecer mais uma vez.”
A música termina com uma reflexão sobre a inutilidade de tentar reter o passado e a aceitação de que a saudade sentida é uma criação própria, uma tentativa de dar cor a um amor que já não existe mais.
‘O poeta está vivo’: – Exposição inédita celebra Cazuza com mais de 700 itens e muita emoção Mostra no Rio de Janeiro reúne manuscritos, roupas, fotos e objetos pessoais do cantor.
A Mãe de Cazuza, Lucinha Araújo, visita a exposição pela primeira vez e se emociona: ‘Ele está vivo nos corações dos brasileiros’.
Lucinha visitou a mostra pela primeira vez acompanhada da equipe do programa. “Ele era uma criança muito quieta, escrevia muito, lia muito”, lembra. “Antes eu dizia: ‘Vai brincar na rua’. Depois, pedia: ‘Volta pra casa, menino!’”
Cazuza, um dos maiores ícones da música brasileira, está sendo celebrado em uma exposição inédita no Rio de Janeiro, intitulada “‘O poeta está vivo'”. A mostra, que reúne mais de 700 itens, oferece um mergulho profundo na vida e obra do cantor, prometendo muita emoção aos visitantes.
Entre os mais de 700 itens em exibição, destacam-se manuscritos originais de suas letras, figurinos icônicos que marcaram sua presença de palco, fotografias raras e objetos pessoais que revelam um pouco da intimidade do artista. A curadoria da exposição busca traçar um panorama completo da trajetória de Cazuza, desde seus primeiros passos na música até se consolidar como um dos maiores poetas e compositores do país.
A emoção tomou conta da visita de Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, que viu a exposição pela primeira vez. Visivelmente emocionada, Lucinha declarou: “Ele está vivo nos corações dos brasileiros”, reforçando o legado imortal do filho na cultura nacional. A presença de Lucinha na exposição ressalta a importância do evento não apenas para os fãs, mas também para aqueles que conviveram de perto com Cazuza.
A exposição “‘O poeta está vivo'” é uma oportunidade ímpar para os admiradores de Cazuza e para as novas gerações conhecerem a fundo a genialidade e a relevância de um artista que, mesmo após sua partida, continua a ecoar na memória e na sensibilidade do público brasileiro.
Nöthin’ But a Good Time: Livro conta a história completa e sem censura do Hard Rock dos anos 1980
Livro tem prefácio do vocalista do Slipknot, Corey Taylor, e mais de 200 entrevistas inéditas com membros do Van Halen, Mötley Crüe, Poison, Guns N’ Roses, Skid Row, Bon Jovi, Ratt, Twisted Sister, Winger, Warrant, Cinderela, Quiet Riot, Stryper, além de Ozzy Osbourne, Lita Ford entre muitos outros.
Recém lançado no mercado brasileiro pela editora Estética Torta, o livro Nöthin’ But a Good Time apresenta a história definitiva e sem censuras sobre o polêmico hard rock e hair metal dos anos 1980, contada pelos músicos e especialistas da indústria que viveram de perto aquela cena.
O hard rock na década de 1980 foi uma fonte hedonística e muitas vezes intensamente criativa de escapismo que encapsulou perfeitamente – e talvez até ajudou a definir – uma década espetacularmente exagerada. De fato, sucessos de tirar o fôlego como “We’re Not Gonna Take It” do Twisted Sister, “Girls, Girls, Girls” do Mötley Crüe e “Welcome to the Jungle” do Guns N’ Roses estão tão intimamente ligados à essa década quanto Pac-Man e o filme ET: O Extraterrestre.
Dos primeiros dias do movimento, passando pelos anos de glória, com hinos que sacudiam estádios e baladas no topo das paradas, até o súbito fim do movimento, com o surgimento do grunge, este livro de Tom Beaujour e Richard Bienstock captura a energia e o excesso dos anos do hair metal nas palavras de músicos, empresários, produtores, técnicos de som, executivos de gravadoras, publicitários, estilistas, figurinistas, fotógrafos, jornalistas, editores de revistas, diretores de videoclipes, donos de bares, roadies, groupies e parasitas que viviam desse universo.