Globo de Ouro 2025 – Fernanda Torres leva estátua de ‘Melhor Atriz em Filmes de Drama’ por ‘Ainda Estou Aqui’

A atriz brasileira Fernanda Torres venceu o prêmio de Melhor Atriz de Filme de Drama do Globo de Ouro, por sua atuação em “Ainda Estou Aqui”. O reconhecimento por uma das maiores premiações do planeta nos enche de orgulho. É a história e a cultura brasileiras ganhando o mundo.

Atriz brasileira era a favorita da categoria, segundo projeções da Variety; em discurso emocionado, Fernanda dedicou o prêmio inédito à mãe, Fernanda Montenegro

Fernanda concorria com outros grandes nomes do cinema: Nicole Kidman (“Babygirl”), Angelina Jolie (“Maria Callas”), Kate Winslet (“Lee”), Tilda Swinton (“O quarto ao lado”) e Pamela Anderson (“The last showgirl”).

Antes da premiação, tanto Fernanda Torres quanto o diretor Walter Salles concederam diversas entrevistas em que, apesar da gratidão pelo reconhecimento, se mostravam céticos sobre a possível vitória de um filme em língua portuguesa na premiação. Salles chegou a afirmar que sabia que a disputa estava “muito mais competitiva” neste ano.

Pouco antes da cerimônia, Torres destacou, nas redes sociais, que os maiores prêmios que a equipe de “Ainda Estou Aqui” poderia receber já haviam sido concedidos: o acolhimento do público e o legado que a obra deixa para a história do cinema brasileiro.

Agradecimento:

“Foi um ano incrível para os desempenhos de atrizes, tantas atrizes aqui que eu admiro tanto. Claro, eu quero agradecer ao Walter Salles, meu parceiro, meu amigo. Que história, Walter! E, é claro, eu quero dedicar esse prêmio à minha mãe.

Vocês não têm ideia. Ela estava aqui há 25 anos, e isso é uma prova que a arte dura na vida. 

Até durante momentos difíceis pelos quais a Eunice Paiva passou, e serve de referência e atitude para as gerações.

E, com tanto problema hoje em dia no mundo, tanto medo, esse é um filme que nos ajudou a pensar em como sobreviver em tempos como esses.”

Globo de Ouro 2025 – “Ainda Estou Aqui” perde prêmio para “Emilia Pérez”.

Filme vencedor foi o de maior destaque na premiação, com dez indicações

Produção de Walter Salles concorria à categoria de Melhor Filme em Língua Não Inglesa.

“Ainda Estou Aqui”, filme de Walter Salles que concorria ao Globo de Ouro 2025, perdeu o prêmio neste domingo (5). O vencedor da categoria de Melhor Filme em Língua Não Inglesa foi “Emilia Pérez”, que representa a França.

Apesar da derrota, a produção estrelada por Fernanda Torres, que concorre ao prêmio de Melhor Atriz, é uma das favoritas para disputar a categoria correlatada no Oscar 2025.

“Ainda Estou Aqui” é a adaptação do livro homônimo do escritor Marcelo Rubens Paiva do clássico conhecido pelo livro “Feliz Ano Velho” — um grande sucesso de vendas nos anos 1980. A história se passa na década de 1970, no período mais intenso da ditadura militar no Brasil, e acompanha a trajetória da família Paiva, composta por Rubens (interpretado por Selton Mello, Eunice (vivida por  Fernanda Torres e seus filhos.

A vida da família se transforma completamente quando, em um dia fatídico, Rubens Paiva é levado por militares à paisana e some sem deixar rastros. Eunice, que dedicará décadas em busca de respostas sobre o paradeiro do marido, precisa se reconstruir e traçar um novo caminho para si e para seus filhos.

Mercado de trabalho para o público 50+.

O mercado de trabalho para o público 50+ no Brasil apresenta um cenário complexo, com desafios e oportunidades que merecem atenção. Embora o país tenha uma população economicamente ativa com mais de 13 milhões de pessoas acima de 50 anos, a inserção e permanência desses profissionais no mercado ainda enfrentam obstáculos, principalmente relacionados ao preconceito etário.

Desafios:

• Etarismo: O principal desafio é o preconceito etário, que se manifesta na crença de que profissionais mais velhos são menos produtivos, menos adaptáveis a novas tecnologias e com menor capacidade de aprendizado. Isso resulta em dificuldades na contratação, progressão de carreira e até mesmo na manutenção do emprego.
• Discriminação velada: Mesmo quando não explícito, o etarismo pode se manifestar em processos seletivos que priorizam jovens, em vagas que exigem “jovialidade” ou em ambientes de trabalho que não valorizam a experiência dos mais velhos.
• Falta de oportunidades: Muitas empresas ainda não reconhecem o valor da experiência e preferem investir em profissionais mais jovens, o que limita as oportunidades para o público 50+.
• Necessidade de requalificação: O mercado de trabalho está em constante transformação, com novas tecnologias e habilidades surgindo a todo momento. Profissionais 50+ podem precisar investir em requalificação para se manterem competitivos e atualizados.

Oportunidades:

• Experiência e maturidade: Profissionais 50+ acumularam anos de experiência, conhecimento e habilidades valiosas, como resolução de problemas, liderança, comunicação e tomada de decisões. Essas características são muito valorizadas por algumas empresas.
• Setores em expansão: Alguns setores se mostram mais abertos à contratação de profissionais 50+, como:
  • Saúde e bem-estar: Demanda crescente por profissionais com experiência em cuidados com idosos, acompanhamento terapêutico, etc.
  • Educação e consultoria: Professores aposentados podem atuar como professores particulares, consultores ou palestrantes.
  • Serviços especializados: Áreas como direito, contabilidade, engenharia e outras que exigem conhecimento técnico específico valorizam a experiência.
  • Empreendedorismo: Muitos profissionais 50+ optam por abrir seus próprios negócios, utilizando sua experiência e rede de contatos.
• Iniciativas de empresas: Algumas empresas têm reconhecido o valor da diversidade etária e implementado programas de inclusão e valorização de profissionais 50+.
• Aumento da população idosa: O envelhecimento da população brasileira cria novas demandas e oportunidades em áreas como gerontologia, cuidados com idosos e turismo para a terceira idade.

Dados e pesquisas:

• Pesquisas mostram que a maioria das empresas no Brasil possui entre 6% e 10% de funcionários com mais de 50 anos (Result [1], [3]). Isso indica que ainda há espaço para aumentar a participação desse público no mercado de trabalho.
• Um estudo da Fipe (Result [5]) aponta para o aumento da participação de trabalhadores com 50 anos ou mais no mercado de trabalho, acompanhando o envelhecimento da população.
• Apesar do aumento da empregabilidade para o público 50+, o etarismo ainda impede um maior destaque desses profissionais (Result [3]).

Dicas para profissionais 50+ em busca de trabalho:

• Invista em networking: Mantenha contato com sua rede de contatos, participe de eventos e utilize plataformas online como o LinkedIn para se conectar com outros profissionais e empresas.
• Atualize seu currículo e perfil no LinkedIn: Destaque suas habilidades, experiências relevantes e resultados alcançados.
• Busque qualificação e requalificação: Invista em cursos, workshops e outras formas de atualização profissional para se manter competitivo no mercado.
• Considere novas modalidades de trabalho: Explore opções como trabalho temporário, freelancer, consultoria ou empreendedorismo.
• Valorize sua experiência: Mostre aos empregadores o valor que você pode agregar à empresa com sua experiência, conhecimento e maturidade.
• Acredite no seu potencial: Mantenha uma atitude positiva e confiante em suas habilidades.

Recursos úteis:

• Plataformas online de emprego: Utilize sites como Indeed, LinkedIn, Infojobs e outros para buscar vagas em todo o Brasil.
• Agências de emprego: Procure agências de emprego que atuam com foco no público 50+.
• Programas de qualificação profissional: Busque programas de qualificação e requalificação oferecidos por instituições públicas e privadas.

“O estudo e vivência mostra que isto depende muito de cada segmento. Por exemplo, nas startups, os 50+ ainda são vistos como um público desconectado desta velocidade do mundo em transformação digital e 5.0.

Já na área de saúde, as posições de gestão são prioritariamente ocupadas pelos 50+.

Mas vale a pena lembrar em negócios ou atividades exclusivas para os 50+, no campo da saúde, teleatendimento, turismo, estas organizações precisarão dos 50+ de uma forma mais intensa”.