A queda do Muro, um símbolo da Guerra Fria e da divisão entre os blocos ocidental e soviético.
Em 9 de novembro de 1989 caía o muro de Berlim.
Símbolo da divisão de uma cidade, de um país, de um continente, de um povo – E a divisão do mundo em dois sistemas políticos e econômicos.
A queda do Muro, um símbolo da Guerra Fria e da divisão entre os blocos ocidental e soviético, abriu caminho para o colapso do comunismo na Europa Oriental e para a reunificação da Alemanha um ano depois.
O “Muro da Vergonha” foi construído em 155 km ao redor de Berlim Ocidental em agosto de 1961 para conter o crescente êxodo de pessoas da República Democrática Alemã (RDA) comunista.
Pelo menos 140 pessoas morreram tentando atravessá-lo.
Há 35 anos -Marca a passagem dos 30 anos da queda do Muro de Berlim, que durante 28 anos separou a histórica capital germânica em duas até a reunificação da Alemanha Ocidental (República Federal da Alemanha) e da Alemanha Oriental (República Democrática Alemã) em um só país.
Para além de uma metáfora político-ideológica, o Muro de Berlim foi algo característico de um tempo que alguns chamam de ‘guerra fria’. Outros chamavam-no de muro da vergonha. Fato é que esse famoso muro já foi fisicamente derrubado, mas enquanto esteve de pé, simbolizou uma divisão que alguém imaginou separar histórias, famílias, sonhos, futuro e passado em nome da velha política…
Atravessar essa barreira, que durou 28 anos, era algo extremamente burocrático e perigoso, tanto que, quando ela caiu, em 1989, o momento histórico gerou imagens que permanecem até hoje na lembrança de várias pessoas mundo afora.
Quase 3 milhões de pessoas abandonaram a Alemanha Oriental entre 1949 e 1961.
A grande maioria buscava melhores colocações profissionais no Ocidente – tanto que grande parte dos refugiados era de pessoas com menos de 25 anos. Além disso, muitas cabeças “pensantes”, como médicos, engenheiros, professores e estudantes, estavam nesse contingente.
O slogan das comemorações, “Preserve a liberdade”, tem uma ressonância especial em um momento em que a democracia está em retrocesso em todo o mundo e as guerras continuam, especialmente na Ucrânia, em Gaza e no Líbano.
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Em um vídeo divulgado na sexta-feira, o chefe de governo, Olaf Scholz, declarou que os valores de 1989 “não podem ser tomados como garantidos”. “Uma olhada em nossa história e no mundo ao nosso redor mostra isso”, disse ele.
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Para incorporar esses ideais, réplicas de pôsteres das manifestações de 1989 e milhares de outros criados pelos cidadãos de hoje sobre o tema da liberdade foram instalados ao longo dos 4 quilômetros da antiga rota do Muro.